sexta-feira, 5 de julho de 2024

Solenidade de Abertura da 3ª.Temporada de Exposições do MAB - Ano 2024 - Com a presença do Coro Misto Stimmen des Herzens - Arte e livros

Maestro da Banda Municipal de Blumenau João Carlos Cunico- tocando saxofone alto.
Em 4 de julho de 2024, as 20h aconteceu a solenidade da 3ª. Temporada de Exposições do Museu de Arte de Blumenau - Ano 2024.

A exposições - obras
  • Identidades Bordadas, do Coletivo Bordas (artistas de Curitiba - Paraná). Sala de Roy Kellermann
  • Maria Salette: 40 anos de arte (representa Blumenau - Santa Catarina)  -  Sala Pedro Dantas 
  • Arte Além Mar  com obras dos acervos do MAB e do museu da Família Colonial -  Sala Elke Hering
  • Tentativas da monocromia à policromia, passando pela acromia, do GAP - Grupo de Artistas Plásticos de Balneário Camboriú - Galeria  Municipal de Arte - Sala Alberto  Luz
  • Fitas, Fluídas Conexões, da artista Maria do Horto Kuhn - representando Porto Alegre RS - Galeria de Papel 

Lançamento do livro

Não me esqueças "Vergissmeinnicht" - Ellen Christa da Silva.

Apresentações

As imagens Comunicam





























40 anos de arte de  Maria Salette Engels Werling -  Sala Pedro Dantas 
Campos de cor e espaços de arte em 40 anos de pintura

Mesmo o mais leigo dos olhares é capaz de distinguir o estilo e a essência da criação artistica quando lançado em perspectiva sobre as quatro décadas de atuação de Maria Salette Engels Werling. Os trabalhos que aqui reunimos para comemorar e para passar em revisão esta carreira tão significativa permitem que se acompanhe todas as transformações de forma, tema e efeito em sua obra, ao mesmo tempo que nos dão acesso a uma pesquisa poética pautada pelo rigor, pela precisão e pela simplicidade cujos resultados ao longo do tempo nos remetem inevitavelmente ao próprio conceito da arte.
Em 40 anos de arte encontramos todos os elementos característicos da pintura de Maria Salette: a criação de ambientes tão fantásticos quanto familiares, a analogia visceral entre corpo e movimento, entre memória e paisagem, a luminosidade uniforme capaz de revelar sua rica sintaxe visual em uma única mirada - e, sobretudo, a virtude da síntese que alça toda a sua produção a patamares constantemente mais elevados e que tem na relação entre cor e espaço seu inesgotável mecanismo poético. A partir da cor e do espaço podemos traçar vetores de tempo, de vida e de trabalho que nos põe intimos da pintura de Maria Salette e, neste movimento, mais próximos também do ambiente cultural de onde esta arte emerge.
Os trabalhos mais antigos desta retrospectiva nos apresentam, simultaneamente, a artista e seu mirante: as janelas da casa, as curvas da estrada, pontos de onde se descortina uma paisagem que lhe acompanhará durante toda a trajetória e que, naquele momento, recorta-se em silhuetas de engenharia e de arquitetura, ansiosa em acusar a presença humana com suas cores e disposições mais evidentes. Libertos de um horizonte ficcional ou narrativo, a cor e o espaço de Maria Salette encontram nas obras de meio de carreira o equilíbrio entre a experimentação e o domínio técnico, desdobrando-se em formatos, silhuetas e suportes diversos cuja sensualidade conduz tanto à visão quanto ao tato. Por fim, suas telas mais recentes celebram o próprio ato da produção artística, um exercicio de meticulosa abstração onde intuição e racionalidade retornam á pintura, recorrem à história da pintura e valem-se dos recursos visuais da pintura para produzir seus efeitos: aqui abrem-se espaços reais ou imaginários que a cor vai configurando e, nesta relação, arrasta a visão para que sejam não apenas vistos mas, principalmente, vividos.
Gleber Pieniz curador































Maria Salette Engels Werling.

Maria Salette Engels Werling e Maria Terezinha Heimann.







Helder Cadore e Roberto Fabiano Rossbach, pianista/tecladista e regente do Coro Misto Stimmen des Herzens, que se apresentou na noite cultural.









Grupo de Artistas Plásticos de Balneário Camboriú - Galeria  Municipal de Arte - Sala Alberto  Luz
Tentativas: da monocromia à policromia, passando pela acromia

Para esta mostra, o GAP - Grupo de Artistas Plásticos de Balneário Camboriú propós a exposição de obras com o tema central "Monocromia", em que a maioria dos artistas enfrentou o desafio de desenvolver sua arte, atribuindo a uma só cor escolhida gradações de valor e intensidade. Ocorreu que, durante o processo de se fazer uma obra utilizando apenas uma cor, em suas gradações do claro ao escuro, impasses surgiram. Algumas cores quiseram se "intrometer", ou melhor, "participar de algumas obras para quebrar a solitude da monocromia... Duas obras abraçaram a policromia, utilizando todas as cores escolhidas pelos colegas monocromáticos. Houve ainda o grupo dos autores de obras acromáticas, em que o preto e o branco se encontraram, com suas escalas de cinza, mostrando que eles não são cores, e, sim, apenas fenômenos da luz. Essa aventura cromática resultou num conjunto de obras que certamente sensibilizarão e produzirão reflexão ao público observador, que poderá sentir um pouco do que perpassa as almas dos artistas do GAP.
O grupo, que este ano comemora 28 anos de sua fundação, congrega artistas de Balneário Camboriú e região, com estilos, técnicas e poéticas diferentes que buscam a comunhão entre si através da arte. Desenvolve mostras expositivas coletivas ou Individuais, em temáticas livres ou consensuais; organiza viagens culturais; participa de projetos culturais. Em 2022 lançou o livro "Memórias de Artistas Arteiros", contemplado pelo edital Elisabete Anderle de estímulo à cultura, da Fundação Catarinense de Cultura, que reúne textos de quinze artistas contando episódios da infância ou adolescência que marcaram suas vidas e fotografias das obras produzidas inspiradas nesses textos. O projeto contemplou escolas de ensino médio da rede estadual de várias cidades da região e uma comunidade terapêutica de recuperação de dependentes químicos.
O GAP deseja a todos uma grata experiência de contemplação dos trabalhos que ora apresenta na exposição "Tentativas: da monocromia à policromia, passando pela acromia".





















Fitas, Fluídas Conexões, da artista Maria do Horto Kuhn - Galeria de Papel 






Identidades Bordadas

Com linhas e agulhas estes artistas dos tempos e dos afetos apresentam suas identidades e vivências vagantes, guardiãs de segredos, de histórias e memórias de quem os constitui nesta experiência de existir. Construções desdobradas em reavivamentos pela impressão de seus próprios sentimentos e emoções, materializados nos movimentos de suas inserções no tecido. Linhas de vida que se definem num processo de elaboração pela interferência na materialidade física e poética da imagem, revolvendo estratificações de vivências. Neste encontro cada artista cria um lugar comum, de afetuoso acolhimento nas obras individuais. Cada imagem abre conversações que nos levam a um mergulho nas muitas camadas de sentimentos e emoções que nos constituem e que, repentinamente, manifestam-se como nossa própria identidade
Sabemos que não somos sós, somos nós, como integrantes de um imenso coletivo constituído pela multiplicidade infinita das particularidades de cada presença que o compõe que, em comum, em comunidade, partilham desejos, dores, amores e saudades nos bordados do grande pano coletivo. Com seus procedimentos de intervenção poética: a irrupção de sentidos pela fricção entre fios e imagem, a escritura perfurante na matéria e a impressão de cores incitando o desdobramento temporal pela evocação de nossas lembranças. Com esta grafia de gestos individuais inscreve-se na existência de outras muitas pessoas, num movimento duplo de imersão e expansão, pelo reconhecimento de que este "si" é uma grande coletividade múltipla, de sentir, de memórias e histórias; agora em comum, em comunidade.
Apresentamos aqui nossas identidades individuais e a identidade coletiva, que chamamos de Bordas e, juntos, nos propusemos resgatar a beleza que é o tempo da contemplação, o da conversação silenciosa, o da elaboração, o da revolução, o do conhecimento e autoconhecimento da efemeridade e perenidade de nossas próprias presenças no mundo. Um espaço no tempo que clama ao nosso reconhecimento e chamamento como participantes de uma história maior e juntos.
Leila Alberti, inverno de 2024
O Coletivo Bordas é composto pelos artistas: Cadu Cinelli, Gi Mazetto, Leila Alberti, Lisiani Serea, Lucilene Wapichana, Lu Dobrychlop, Marcelo Forte, Max Carlesso, Rafael Codognoto, Sonia Vasconcellos, Suzi Pereira, Talita Thutty, Vavá Diehl.










Arte Além Mar  com obras dos acervos do MAB e do museu da Família Colonial -  Sala Elke Hering
Arte Além Mar... Acervo do MAB

Há 200 anos o olhar curioso refletia a luz dos trópicos de inúmeros imigrantes que começaram a aportar no Brasil, vindos da distante Europa, de diversos lugares da Alemanha. Os corações estavam apertados por terem deixado uma vida de referências para trás, mas batiam forte com a expectativa das boas coisas e emoções que estavam por vir.
Há 174 anos o mesmo acontecia com os imigrantes alemães que por aqui chegavam. Muitos sentimentos de frustração, e acima de tudo de esperança, deram lugar as ações de bravura assumindo a importância de escrever uma nova história.
Nos corações e mentes havia muito da cultura que os formara, e que agora assimilava o que estava posto diante de si. A presente expografia, "Arte Além Mar... acervo do MAB", traz o olhar contido nas obras trazidas nas bagagens, mesclado ao olhar investigativo e de registro do entorno natural e social.
Dr. Blumenau conduz a todos na linha histórica temporal, onde pode ser observado o romantismo da época, o neogótico, o neoclássico, a resposta à fotografia que estava chegando, para depois mergulhar na ruptura moderna do fazer e interpretar arte. O improviso foi substituído e traduzido em novas formas de cultura, visto que o livre pensar e livre fazer passou a ser uma regra de interpretação naquele presente.
As cores e as texturas instigavam e promoviam distintas representações e que facilmente se comunicavam com as mudanças instauradas nas terras dos antepassados, afinando e conectando as linguagens, como numa grande e expansiva aldeia global.
Os resultados se tornaram perceptíveis e também visíveis na sensibilidade aguçada dos novos tempos. O ir e vir são como um virar de página, um piscar de olhos que nos surpreendem e ajustam o Dr. Blumenau no tempo, e na cidade de agora.
Arian Grasmuk - artista plástico, curador, pesquisador, e Mia Ávila - artista plástica, curadora, gerente do MAB
Antiga Igreja Matriz de Blumenau - Acervo MAB.





Casa temporária do pioneiro que ajudou a construir as cidades na região.







Por meio navios a vapores chegavam da Europa no Brasil.











Fotografias de Mia Ávila










Apresentação do Coro Misto Stimmen des Herzens
O Coro Misto Stimmen des Herzens apresentou peças, que foi regido por Roberto Fabiano Rossbach, acompanhado do pianista Helder Cadore.






Vídeo

Um registro para a História!
 
Eu sou Angelina Wittmann, Arquiteta e Mestre em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade.
Contatos:
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@AngelWittmann (Twitter)







2 comentários:

  1. Foi uma noite maravilhosa. Uma verdadeira festa de Cultura.

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    1. As imagens comprovam e registram isso para a história das práticas presentes, para o futuro. Sim, foi maravilhoso. Abraço grande e parabéns por seu trabalho, Arian.

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