José Deeke - Foto Vanessa Metzger |
Blumenau em 1869 - Meyer e Spierling - Grupo Blumenau Antigamente |
Sua obra mais conhecida é Die Kolonie Hammonia que contém dados históricos e estatísticos da Colônia Hammonia (atual Ibirama) até o ano de 1922. Contribuiu com diversos artigos para o livro de Memórias em Comemoração dos 100 Anos da Imigração Alemã no Estado de Santa Catarina, tradução da obra Gedenkbuch zur Jahrhundertfeier deutscher Einwanderung im Staate Santa Catharina, editado originalmente, em Florianópolis no ano de 1929. Um de seus grandes trabalhos e que muito fazemos uso é o mapa de Blumenau em 1900 e também, de sua autoria, o mapa de Blumenau e municípios vizinhos de 1905.
Colônia Hammonia. |
A partir de 1909 iniciou seu trabalho como Diretor da nova colônia - Colônia Hammonia - com também as outras três mencionadas e permaneceu por 20 anos no cargo, o qual teve que deixar por motivos de saúde. Ou seja, até quando tinha 54 anos, quando voltou a morar na sede da Colônia Blumenau. Faleceu dois anos depois, com 56 anos. Uma rua muito conhecida no Bairro do Salto. A qual liga a Rua Bahia à Rua Benjamim Constant, recebeu seu nome- Rua José Deeke.
Colônia Hammonia. |
Colônia Hammonia. |
Para compreender um pouco sobre a importância do trabalho de José Deeke na Colônia Blumenau, Colônia Dona Francisca, Colônia Itapocu, Colônia São Bento e Colônia Hammonia - para o Vale do Itajaí e também, Vale do Itapocu, através da Sociedade Colonizadora Hanseática, a qual muitos desconhecem, apresentamos um pouco sobre esta história.
A Sociedade Colonizadora Hanseática nomeou, como seu Diretor e que dirigia 4 de suas colônias, por mais de 20 anos - o seu então Engenheiro Chefe José Deeke. As Colônias eram Hansa Hammonia - atual Ibirama, cujo território pertencia a Colônia Blumenau, Colônia Hansa Humbold - atual Corupá, Hansa Itapocu - atual Jaraguá do Sul e Hansa São Bento.
Para compreender...
Muitos dos imigrantes que vieram para a região o fizeram por intermédio de sociedades ou companhias colonizadoras, empresas que se comprometiam a assentar determinado número de imigrantes em uma região e a dotá-la de áreas providas de serviços públicos necessários, por meio de contratos de colonização com o governo brasileiro, em troca de uma gleba de terra. As sociedades/companhias efetuavam investimentos em meios de transporte, nas obras iniciais de colonização e cediam aos colonos, terras e equipamentos gratuitamente ou pelo preço de custo, além de também, empregarem agentes recrutadores, hábito que sempre ocorria na prática. Gradativamente, a colônia em expansão se desenvolvia urbanisticamente e ficava mais fácil atrair novos interessados em nela residirem, pois a terra se valorizava cada vez mais - especulação. Por meio da valorização, o empreendedor recuperava o capital investido e obtinha lucro sobre as transações posteriores.
A Sociedade Colonizadora Hanseática nomeou, como seu Diretor e que dirigia 4 de suas colônias, por mais de 20 anos - o seu então Engenheiro Chefe José Deeke. As Colônias eram Hansa Hammonia - atual Ibirama, cujo território pertencia a Colônia Blumenau, Colônia Hansa Humbold - atual Corupá, Hansa Itapocu - atual Jaraguá do Sul e Hansa São Bento.
Para compreender...
Muitos dos imigrantes que vieram para a região o fizeram por intermédio de sociedades ou companhias colonizadoras, empresas que se comprometiam a assentar determinado número de imigrantes em uma região e a dotá-la de áreas providas de serviços públicos necessários, por meio de contratos de colonização com o governo brasileiro, em troca de uma gleba de terra. As sociedades/companhias efetuavam investimentos em meios de transporte, nas obras iniciais de colonização e cediam aos colonos, terras e equipamentos gratuitamente ou pelo preço de custo, além de também, empregarem agentes recrutadores, hábito que sempre ocorria na prática. Gradativamente, a colônia em expansão se desenvolvia urbanisticamente e ficava mais fácil atrair novos interessados em nela residirem, pois a terra se valorizava cada vez mais - especulação. Por meio da valorização, o empreendedor recuperava o capital investido e obtinha lucro sobre as transações posteriores.
Por volta de 1895, uma das áreas mais valorizadas da bacia do Itajaí, banhada pelo rio Hercílio, começou a ser colonizada por meio de concessão dada à Sociedade Colonizadora Hanseática, sediada em Hamburgo, Alemanha - Norte da Alemanha - junto ao mar Báltico.
Mapa no início do Século - apresentando a Colônia Hansa Hammonia - Kolonie Hansa Hammonia |
A concessão era de 600 mil hectares e compreendia toda a área da bacia do rio Hercílio. Embora a área fosse munida de potencial geográfico, estava isolada da sede da Colônia Blumenau e, por conseguinte, do porto fluvial. Em 1909, José Deeke assumiu a direção da colônia, conhecida como como Colônia Hansa Hammonia, e mantinha ligações diretas com as lideranças do Stadtplatz da Colônia Blumenau. Também assumiu a direção simultânea de outras três colônias - ver mapa desenhado por Deeke - acima.
Assim que começou a assentar os imigrantes em um dos pontos de convergência de grande número de imigrantes, bem como, a instalação da sede da colônia, percebeu-se a urgente necessidade de se construir uma ferrovia que ligasse a Colônia Hansa Hammonia à sede da Colônia Blumenau.
Os caminhos, na época em que os primeiros imigrantes se assentaram na Colônia Hansa Hammonia, eram rudimentares e com acesso somente até Aquidaban (atual Apiúna).
Aproveitando essa dificuldade de acesso às terras da bacia do rio Hercílio, a ACIB e a administração pública da Colônia Blumenau fizeram lobby junto à Sociedade Colonizadora Hanseática, para que esta viabilizasse a implantação de uma linha férrea entre as duas colônias, Blumenau e Hansa Hammonia e assim aconteceu.
No dia 13 de abril de 1912, a nucleação urbana de Hansa Hammonia é elevada a sede distrital, na qual está localizada a administração da Sociedade Colonizadora Hanseática, 4 anos após a inauguração do primeiro trecho ferroviário da EFSC, com a participação direta de seu Diretor - José Deeke.
Inauguração do Primeiro trecho da Ferrovia - Blumenau a Hammonia Estação de Warnow - Indaial 3 de maio de 1909. |
José Deeke foi casado com Emma Maria Deeke, que tiveram 5 filhos: Christiana Elisa, Raul Adolfo, Ilse Margarida, Hercílio Arthur Oscar (pai de Niels Deeke) e Victor Félix.
José Deeke escrevia muito e sua contribuição com a História da região foi grande. Uma de suas principais obras e mais conhecida é o livro Die Kolonie Hammonia, no qual há registros de dados históricos e estatísticos da Colônia Hammonia até o ano de 1922. Também escreveu Das Munizip Blumenau, publicado em 1917 pela editora de Rotermund de São Leopoldo, Rio Grande do Sul.
Artigo do Blumenau em CadernosBlumenau em Cadernos – Tomo XXII N° 7
"Julho de 1981
José Deeke - foi o diretor com residência na localidade que àquela época se chamava “ Hammonia” . (Este nome significa “ Hamburgo”, cidade e porto alemão, onde era situada a sede da “ Sociedade Colonizadora Hanseática”, fundadora e responsável pelas Colônias Hanseáticas – “ Hansa-Hammonia” (Ibirama), - “Hansa Humbolt” (Corupá), - “Itapocu” em Joinville e um núcleo colonial em São Bento do Sul. – “Hammonia” foi a denominação dada pelos invasores romanos no incio da era cristão, à mais importante das cidades hanseáticas da Alemanha)." P 195 ...
"Quando o pai de Hercílio demitiu-se, em 1928, de seu cargo de diretor das Colônias Hanseáticas” mudando-se , em 1929, para Blumenau, Hercílio passou a trabalhar, como auxiliar, no cartório de Registro de Imóveis da Comarca, a cargo de seu parente Roberto Baier.Após pouco tempo como cartorário, passou para o quadro de funcionários da antiga “Caixa agrícola” , abraçando, assim, o setor bancário, que ele não mais abandonaria. Transformando a “Caixa Agrícola” em “Banco de Indústria e Comércio de Blumenau”, ele chegou a ser gerente e posteriormente diretor do estabelecimento. Após a fusão deste empreendimento bancário com o “Banco Industria e Comércio de Santa Catarina e o posto de vice-presidente, em 1964." p 196.
Grande Trabalho do José Deeke - Ano de 1900. |
- Os Índios da Bacia do Itajaí - Relatório de Friedrich Deeke de 1877 - à Direção da Colônia Blumenau - Biografia do pioneiro da Família Deeke
- Livro - Centenário de Blumenau (1850-2 de setembro de 1950) e os Personagens da História que foram escolhidos para esta publicação histórica
- Despedida - Niels Deeke
- Uma Correspondência Eletrônica de Niels Deeke - Personagens da História de Blumenau
- Arquitetura - Apresentação e análise da Casa Salinger - Blumenau SC - Sul do Brasilrquitetura-apresentacao-e-analise-do.html
- Sequência Parte I - Livro Germânia - Tácito
- História...Parte I - Dos Germanos ao surgimento: “Deutschland”
- Demolida - Casa da Rua Namy Deeke - Blumenau SC
- Dona Emma e sua História - Um Pedaço da Colônia Blumenau
- Hercílio Arthur Oscar Deeke
- José Deeke - Uma personalidade
- Os livros publicados por José Deeke
- Um pouco de história da Colônia Hammônia ou - Ibirama
- História comum entre as Colônias Blumenau, Pommerroder, Itapocu, Humbold e São Bento - José Deeke
Grandes personagens da Colônia Blumenau.
muito bom, parabéns
ResponderExcluirA família Deeke, deixou um grande legado para o Estado de Santa Catarina.
ExcluirAbraços.
Não consigo encontrar o livro "Die Kolonie Hammonia", exisitiria uma versão em PDF para download?
ResponderExcluirEstou traçando a árvore da minha família e parece que são citados no mesmo.
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirEu vi internet para vender...É valioso igualmente no preço.
ExcluirOlá Angelina, seguindo minha pesquisa sobre aquele morro no norte de Blumenau, me foi indicado procurar os mapas de Deeke e achei essa sua postagem. Esses mapas dele conseguisse acesso onde???
ResponderExcluirboa noite. tem um a venda no mercado livre,
ExcluirEncontrei no arquivo histórico de Rio do Sul...
ExcluirRealmente Francisco, fui procurar, esse mapa a venda inclusive aparece num dos posts da Angelina.
ExcluirEleonésio retirei cópia do arquivo histórico de Rio do Sul.
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