quinta-feira, 4 de setembro de 2025

A história da colonização alemã e sua herança cultural em Oxapampa - Pozuzo - Peru - XX CAAL - Juiz de Fora MG

Em novembro de 2015 conhecemos o Alcalde (Prefeito) da Província de Oxapampa - Peru e seu assessor - Pedro Ubaldo Polinar e Wilfredo Laura Contreras respectivamente.  XIII CAAL - Encontro das Comunidades de Língua Alemã da América Latina - na cidade de Joinville. Durante o evento, Contreras fez sua palestra no evento apresentando a história da região e da Província de Oxapampa, localizada nas montanhas do Peru, como ilustra o vídeo abaixo, apresentando um pequeno trecho de sua fala durante o evento de 2015. Em 2025, igualmente encontramos e assistimos palestras da delegação do Peru, mais especificamente de Pozuzo, um dos oito distritos da província de Oxapampa. Alguns dos representantes de Peru que estiveram no evento de Juiz de Fora em 2025: Fabrizio Daniel Yabar Bauman, Yesica Roseny Schmidt Müller, Gianella Kristel Schaus Gstir e Jeff Yabar,

Wilfredo Laura Contreras; Guilherme Gassenferth; Udo Döhler (ex-prefeito de Joinville SC) e  Pedro Ubaldo Polinar alcade - Prefeito - da Província de Oxapampa.

Em 2015 ficamos surpresos com a história e a formação étnica da Província de Oxapampa - e uma de suas províncias -  Pozuzo, região localizada nas montanhas do Peru, muito próxima ao estado brasileiro - Acre e também, contando com parte da floresta amazônica. Sua história, dentro de um recorte de tempo, tem semelhança com a cidade de Blumenau, com um pouco mais de revezes e desafios, pela grande extensão territorial que famílias percorreram, durante a viagem da Alemanha até o local paro  qual escolheram como destino e seu tempo de viagem marítima. 
Após esta viagem pelo mar, mais o percurso por terra, percorreram a distância no tempo de dois anos de caminhada no meio da selva, totalmente desprovida de uma infraestrutura mínima, montanha acima. Desconheciam esta realidade quando embarcaram nesta "viagem".
Parte da palestra  Contreras, em 2015.

Palestra de Contreras, em 2015.

Contreras palestrando e o Alcade da Província de
 Oxapampa -  Pedro Ubaldo Polinar.
Pozuzo - Oxapampa e sua História




Da Palestra e Wilfredo Contreras.

Da Palestra de Wilfredo Contreras.
Vamos conhecer um pouco sobre a capital da Província de Oxapampa, que também se chama Oxapampa. A Província de Oxapampa possui sete distritos que apresentam suas jornadas históricas interligadas e com relações estreitas à história de sua capital - Oxapampa. São os distritos: Chontabamba, Consttituición, Huancabamba, Palcazu, Pozuzo, Puerto Bermúdez e Villa Rica.
Fonte: www.taringa.net
Polinar esteve visitando, de maneira informal, a cidade de Blumenau após o encontro do CAAL, em setembro de 2015. Em 2016, o CAAL aconteceu em Blumenau e em 2017, no Peru.

História antes da imigração alemã

O nome - Oxapampa -  tem sua origem muito anterior a chegada do primeiro grupo de  imigrantes alemães, no século XIX, ao local. Tem origem da palavra da língua quechua "Ocsha". Quechua é falado  por povos indígenas da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru, ao longo dos Andes. Possui inúmeros dialetos e é uma das línguas oficiais da Bolívia, Equador e Peru - país no qual está Oxapampa.
Candidatas a princesas Yanesha - Villa Rica - Peru.
Na língua quechua  - Ocsha significa palha - mais pampa que significa campo. Sugerem que seu significado seja campo de canas ou pastagens.
A história local conta que há muito tempo atrás, o distrito pertencia ao povo Yanesha, também conhecidos como Amuesha - são povos que vivem na região por mais de 2500 anos - a árvore genalógica seria muito grande. O grupo ainda existe e segundo o senso, são mais de 7000 pessoas que também vivem próximo a Oxapampa nos dias atuais. Suas comunidades estão localizadas em altitudes que variam de 200 a 1600 metros. Vivem às margens de alguns rios, como: Pichis, Palcazu, Pachitea, huancabamba, Cacazú, Chorobamba e o Yurinaqui.
Jesus Colina Cornesha - FECONAYA, Richard Chase Smith - Diretor da IBC - Representante do Município provincial de Oxapampa e Bautista Espírito - especialista na cultura e tradições Yanesha - foto feita na biblioteca Municipal de Oxapampa em 2011. Fonte: https://juntosporlarboay.wordpress.com/

Continuando pela linha histórica...

Em 1635, chegaram os franciscanos na região e iniciaram o trabalho de evangelização dos Yanesha. Neste período, a partir do trabalho dos padres franciscanos, foram efetuados os primeiros levantamentos geográficos da região. como também, trabalhos linguísticos e etnológicos a partir de inúmeras expedições pelos rios de Oxapampa. Wilfredo Laura Contreras comentou em 2015, na cidade de Joinville, que entre os Padres jesuítas que chegaram na região, estavam os Padres alemães Samuel Fritz e Wolfgang Bayer. Segundo  Contreras, o Padre Fritz foi exímio cartógrafo e fez muitos do mapas da região, bem como estudos sobre a língua falada pelos povos da terra.
Conta a história, que por volta de 1673 - algumas missões como as das minas de sal em Huancabamba e outras se desenvolveram muito, mas não por muito tempo. A partir de conflitos entre nativos, as missões que tiveram seus dias findados. Aconteceu em 1742, com a revolta do caudilho indígena Juan Santos Atahualpa - Inca Apu - se apresentava como descendente direto de Atahualpa. Liderou seus homens e acabou com as missões e por algum tempo, com interferência estrangeira na cultura local por parte da igreja católica missioneira. Neste conflito, seu grupo dominou os Yanesha e Ashaninka, que lutaram contra os missioneiros. 
Juan Santos Atahualpa.
Foi algo semelhante com o feito de 
Hermann contra a invasão dos romanos em território germânico - quando venceu 8 legiões, ao lado do exército dos povos germânicos. Por isto foi considerado o primeiro herói alemão. Temos a impressão que Atahualpa não teve o mesmo reconhecimento, a partir de algumas leituras que fizemos.
Em um intervalo de tempo de 13 anos acabaram com as missões de Chanchamayo, Perene, Huancabama, Alto Ucayali e Gran Pajonal. No local destas missões, permaneceram o embrião dos muitos núcleos urbanos que se tornariam, muitos dos distritos da Província de Oxapampa, cuja capital foi fundada por austríacos e alemães na segunda metade do século XIX.
Em torno de 1740, o trabalho dos franciscanos na Selva Central foi interrompido pela revolta dos nativos locais cujo líder era um descendente dos Incas, Juan Santos Atahualpa, que não nasceu no local, mas em Cuzco. Fonte: blog.pucp.edu.pe
No ano de 1763 foi organizada um expedição pelo rio Ucayali e Pachitea, resgatando e recuperando os espaços das antigas missões. O local era habitado por abonados fazendeiros. As propriedades do Vale Huancabamba - como Chaupimonte, Punchao, Laranjal e Lanturachi teve origem no período conhecido como Período Colonial.
Vale Huancabamba.

 Mariscal Ramón Castilla y
Marquesado (1797 - 1867)
Amparando-se na
Lei de 1849 e no Decreto de 1853, o Barão alemão Cosme Damian Freiherr Schultz von Holzhausen assinou contrato com o governo peruano de Don Ramón Castilla, ou,  Mariscal Ramón Castilla y Marquesado (1797 - 1867) em 6 de dezembro de 1855, comprometendo-se a trazer às zonas amazônicas - dez mil alemães no prazo de seis anos. Já existia um decreto anteriormente assinado pelo Barão alemão e o governo peruano cujo titular era o Manuel Ijurra - assinado no dia 31 de dezembro de 1824 - expirado. 
Ao governo corresponderia cobrir gastos de transporte e alimentação, a construção de vias de acesso, a doação de víveres e sementes, a outorga de terra titulada, e a concessão de cidadania peruana aos colonos. Mas a guerra com o Chile e o desrespeito das promessas do governo, frustraram esse projeto chegando-se a trazer somente 304 pessoas, entre as quais, 184 austríacos e 120 prussianos. Foram abandonados a sua própria sorte, durante o trajeto da Europa, até o local que seriam assentados no Peru.
Schütz zu Holzhausen, Damian Freiherr v.
(1825-1883) 
No acordo assinado com o Barão alemão Schütz, ficou determinado que os assentamentos de imigrantes deveriam ser iniciados na regiões onde existiam cidades e não ao longo da costa da Amazônia, fronteira da República, separadas por grandes desertos e sem a estrutura mínima para receber os imigrantes. Foi escolhida a região de Pozuzo. O contrato possuía condições, entre as quais algumas, a seguir:
  1. O número de colonos será de 10 mil, até um período de seis anos.
  2. O Barão Cosme Damião Schütz deverá selecionar, dar assistência e levar ao Peru, acompanhando-os para escolher e planejar a Colônia nos locais selecionados e designados pelo governo peruano. Fornecerá segurança e apoio durante a instalação, construção das propriedades, bem como nas plantações. O Barão Schütz tinha o mesmo encargo do Sr. Blumenau, em relação à Colônia Blumenau, nas colônias peruanas.
  3. A primeira colônia povoada deverá contar com a chegada de 500 imigrantes, entre homens, mulheres e crianças. E devem chegar ao local na data de 1856, tomando lugar em Pozuzo e outros locais a partir de caminhos que convergem para Dolphin Huancabamba, que serão preparados com antecedência.
  4. Se depois de dois anos o acordo não for cumprido, o Barão Schütz perderá seus direitos do acordo.
  5. O governo peruano compromete-se custear o translado até o local da colônia de vapor cargueiro. Também cabe ao governo peruano fornecer a bagagem e utensílios para uso na colônia, como - durante o primeiro semestre, alimentação, sementes e terras para o cultivo. 
  6. O Barão Schütz receberá um salário de 2.400 pesos por ano, durante o período da imigração. Também receberá 140 milhas quadradas de terras no território da colônia para si e para os colonos que trouxer sob a condição de que possam repassar a propriedade aqueles que respeitarem as leis do país, e após dois anos de posse. O governo peruano interferirá, através das autoridades designadas, na marcação de terras a ser feitas a partir das terras do Barão. 
Friedrich Gerstäcker
 1816-1872
Escritor alemão, conhecido
e famoso por escrever
 sobre a América.
Na sequência do contrato, o Barão Cosme Damian Freiherr Shultz von Holzhausen foi para a Alemanha em 1856 "buscar" os imigrantes alemães para as colônias peruanas, tal qual fez o Sr. Herman Blumenau, para sua colônia no Vale do Itajaí.

Teve dificuldades em seus
propósitos. Talvez por seu insucesso na sua primeira tentativa no primeiro contrato, que ficou conhecido na Europa. Fez propaganda em jornais e pousadas para o recrutamento dos possíveis imigrantes. Como a história de  imigração do Brasil, a imigração do Peru teve problemas, pois na Alemanha, o governo e as pessoas eram alertados para as dificuldades, maus tratos e falta de infraestrutura nas colônias. O escrito alemã renomado - Sr. Friedrich Gerstäcker escrevia na Alemanha, alertando os incautos sobre os problemas que enfrentariam àqueles que decidiam migrar para o Peru.
Após  os inúmeros desafios, o Barão Schültz conseguiu reunir um grupo de 304 pessoas. Número bem maior que o Sr. Hermann Blumenau conseguiu reunir - 17 imigrantes - para fundar a Colônia Blumenau, no sul do Brasil, em 1850.
Foi recomendado aos imigrantes que embarcariam para o Peru, que trajassem os melhores "trajes de domingo" para viajar da Alemanha para o Peru, com o objetivo de causar uma boa impressão, principalmente àqueles que eram contrários a imigração.
Os primeiros colonos austríacos eram de Oberinntal (Silz, Haiming e Zams), Outros eram de Unterinntal, Wipptal e Stubaital e poucos eram do Tirol Oriental e da Vorarlberg.
Família Gstir - Palestra Wilfredo Contreras no XIII CAAL - Joinville.

Família Ranfolf - Palestra Wilfredo Contreras no XIII CAAL - Joinville.

Família Ranfolf - Palestra Wilfredo Contreras no XIII CAAL - Joinville.

Família Gstir - Palestra Wilfredo Contreras no XIII CAAL - Joinville.
Já os imigrantes alemães eram da região da Renania - domínio prussiano. Alguns eram dos Ducados de Hessen e Nassau (Como: Alf, Briedel, Burglahr, Peterslahr, Reil e Zell - Hesse: Bürstadt - Nassau: Camberg.
Família Schmidt- Baumann - Burglahr - Palestra Wilfredo Contreras no XIII CAAL - Joinville.





















Família Schaus Frech - Reil - Palestra Wilfredo Contreras no XIII CAAL - Joinville.

O grupo de imigrantes embarcaram no dia 27 de março de 1857 no guarnero inglês "Norton". Alguns dias depois em Amberes Antuérpia - Bélgica, embarcaram rumo ao porto no porto de Callao, aonde chegaram no dia  21 de julho de 1857.
O Padre Josef Egg escreve uma de suas primeiras cartas ao jornal Tiroler Schützer Zeitung descrevendo sua chegada ao Peru - após quase 4 meses de viagem.
"Foram 113 dias de viagem desde 30 de março até o dia 21 de julho, 2 adultos e 6 crianças morreram e nasceram 3 bebês. Fomos levado a ilha de São Lorenço para a quarentena e no dia 26 de julho navegamos para Huacho sem desembarcar em Lima."  Josef Egg
O Padre Josef Egg escreveu duas cartas para os jornais Tiroler Volks e Shützen Zeitung. A primeira carta foi escrita  no dia 23 de julho de 1857 de Callao e a segunda de Lima no dia 25 de julho - a mesma data do ano que chegou a primeira leva de imigrantes alemães organizados no sul do Brasil - 25 de julho. 
Padre Josef Egg
Palestra Wilfredo Contreras no XIII CAAL - Joinville

Palestra Wilfredo Contreras no XIII CAAL - Joinville
Como foi escrito nas cartas do Padre Josef Egg, das 304 pessoas que saíram da Europa, chegaram 296 pessoas. Houveram perdas durante a viagem em um navio de cargas e não de passageiros.
Rota do navio de cargas que transportou os  migrantes austro/alemães da Bélgica para o Peru.
Foram quase 4 meses de viagem por mar. 





Imagem retirada de um vídeo que mostra a
 rota do navio de cargas que transportou os
 imgrantes austro/alemães da Bélgica para o Peru.
Foram quase 4 meses de viagem por mar
- Imagem original está no museu na
 cidade de Pozuzo.















































Veleiro Norton.
Vapor Inca.
Deste porto, de Callao, embarcaram no vapor Inca em direção a Huacho - percorrendo uma distância de 140,56km. Acertos de passagens, deveriam ser feitos pelo governo peruano, que resultou em um montante de 600 pesos. Mesmo fazendo parte do contrato, a construção da estrada, que possibilitaria o acesso até a colônia destino do grupo, esta não foi cumprida pelo governo. Para chegar ao destino, os viajantes imigrantes tiveram que abrir a estrada.
O Barão soube que o Presidente Castilla tinha entregue dinheiro para o Prefeito de Cerro de Pasco para melhorar um caminho de mulas e assumir a construção de uma estrada. Descobriu-se que o prefeito tinha desviado o dinheiro para outros fins. O Barão retornou a Lima - capital,  para buscar novos fundos, os imigrantes chegaram e não tinha o caminho pronto até seu destino. Que problema. O governo peruano autorizou que os imigrantes que assentasse nas imediações até que a obra finalizasse e estes tiveram que buscar seu destino com recursos próprios, sem mais o apoio especificado em contrato. Gerou um conflito generalizado. Acusações de ambas as partes com inúmeras versões históricas, que não pontuaremos neste espaço. 
Pozuzo - construção primeiras casas.
Os  imigrantes sofreram revezes e insegurança sem o apoio oficial.
Chegaram, com muitas dificuldades, até aproximadamente 40 quilômetros do local atual das colônias onde foram alojados na base da montanha, de maneira temporária. Não tinham condições de construir o caminho até Pozuzo, pior parte da viagem. Ficaram neste local por quase dois anos. Passaram dificuldades, quanto acessibilidade e alimento. Além disto, sofreram as consequências de uma grande enchurrada. Aconteceu de maneira inesperada na calada da noite, quando perderam todos os pertences e também vidas, onde faleceram seis do grupo. Contam que um mar de lamas levou tudo e lavou tudo a partir de seu acampamento, construído às margens do rio.
Foi somente em junho de 1859 que foi, finalmente fundada a colônia de Pozuzo, com a chegada dos 172 imigrantes, dos 267 que tinham deixado Lima e dos 304 que tinham deixado a Alemanha
Até meados de 1858, a pequena colônia de imigrantes alemães tinha custado ao governo peruano o valor de  45.666 pesos. Apenas o transporte da Europa e as primeiras despesas, este montante aumentou para 60.000 pesos, no ano de 1860. Argumento usado para o governo peruano justificar o cancelamento do contrato firmado com o Barão, sob acusações contra o empreendimento.
Palestra Wilfredo Contreras no XIII CAAL - Joinville.
Nos arquivos paroquiais de Pozuzo, publicado em ata firmada pelo Padre Josef Egg e imigrantes do segundo grupo que desembarcaram em Huacho no dia 25 de julho de 1968, os quais determinaram:
..." que a partir de então esta data será considerado feriado e será celebrado uma missa de ação de graças e se possível - cantada."
Em 1883, o Barão Schütz escreveu: "Esta colônia foi fundada por mim em 1857, quando errei em acreditar na consistência e promessas de um governo nativo, que não respeitou os seus compromissos e foi incompetente no que diz respeito a construção de estradas."
Em 1870, tinha escrito: "Tudo o que ganhei, pessoalmente, foi a perda de minha fortuna e ganhei decepções da minha vida dedicada à empresa e a perda de minha saúde. No entanto, a grande consolação é que a colônia prosperou."
Palestra Wilfredo Contreras no XIII CAAL - Joinville.





Palestra Wilfredo Contreras no XIII CAAL - Joinville.
Palestra Wilfredo Contreras no XIII CAAL - Joinville.
Palestra Wilfredo Contreras no XIII CAAL - Joinville.
Palestra Wilfredo Contreras no XIII CAAL - Joinville.
Palestra Wilfredo Contreras no XIII CAAL - Joinville.
Palestra Wilfredo Contreras no XIII CAAL - Joinville.
Palestra Wilfredo Contreras no XIII CAAL - Joinville.

A tradicional núcleo urbano de uma cidade alemã - O rio, a igreja, habitações e plantações "soltos" na natureza - desprovida de traçado.


Pozuzo -  1925.
Atualmente, Pozuzo é um distrito do Distrito de Oxapampa.
Pozuzo - local da chegada dos 172 imigrantes alemães e austríacos.








Pozuzo - Atual.
Pozuzo - Distrito de Oxapampa  - Atual.
Bispo Vicente Calvo.
Também o Padre Vicente Calvo abriu uma rota, em 1857, entre Puerto Mayro e Chuchurras Palcazú, navegando pelos rios e concluiu que a vasta floresta deveria ser parte da economia nacional, via um plano de colonização e povoamento da região (o mesmo objetivo que fomentou a migração no sul do Brasil que no período pós independência de Portugal estava correndo risco de ser "tomado" pelos espanhóis - gringos e não era muito povoado). No Peru, o Padre Vicente Calvo imaginou a viabilização da ocupação do território - povoamento, a partir dos imigrantes europeus. 
Acampamento Padre Vicente Calvo.

Pozuzo atual - Fonte: www.diebaeckerei.at

Pozuzo - Distrito de Oxapampa.
É interessante que foi no dia 25 de julho, tal qual aconteceu no Rio Grande do Sul - no Brasil, chegou o primeiro grupo de colonos na cidade de Pozuzo - Distrito da Província de Oxapampa, após longa viagem. Todos os anos os habitantes de Pezuzo e Oxapampa comemoram a chegada dos primeiros imigrantes austro alemães de maneira organizadas, no dia 25 de julho, como é feito em todo sul do Brasil, que coincidentemente, também é comemorado no dia 25 de Julho.
Em 1890, o governo construiu a estrada de Pichis, entre San Luiz de Shuaro e Puerto Bermudez.




Acampamentos das famílias de alemães que fundariam Oxapampa - na cidade de Pozuzo após a longa viagem marítima de contorno no continente da América do Sul.
Em 2015, em  sua palestra Wilfredo comentou que a viagem dos primeiros imigrantes foi feita em um pequeno vapor cargueiro a partir do Oceano Atlântico, até o extremo sul do continente americano, subindo pelo Oceano Pacífico, depois a viagem prosseguiu por caminhos rudimentares até Pozuzo. Somente depois de dois anos, os imigrantes chegaram nas terras que  buscaram para colonizar. 

A Capital


A capital da Província de Oxapampa -  cidade de Oxapampa foi fundada no dia 30 de agosto de 1891. Há controvérsias sobre a exatidão desta data, depois que encontraram a data de 1890 em uma elemento do coreto da praça. Há pesquisas sobre. O núcleo urbano foi fundado pelo colono, já americano - nascido no dia 9 de julho de 1857, na cidade de Lima - Heinrich (Enrique) Böttger Treu. Seus pais eram imigrantes alemães e partiu em abril de 1945 com a idade de 87 anos. Muitos pereceram durante a viagem, principalmente crianças.
Como já apresentado, no território onde foi fundada a cidade, viviam as tribos Yanesha ao oeste, Aschaninka ao leste e, também era local de pouso de tribo de etnias nômades, como os Shipibos. No sítio  teve toda as passagens históricas narradas anteriormente. 
Os Yaneshas de Oxapampa mantem grande parte de suas tradições antigas. O contato com outras culturas ameaçam as velhas tradições, impondo as prática das novas que chegaram posteriormente. Foram criadas áreas de proteção e reservas protegidas, como Reserva Comunal Yanesha na província de Oxapampa.
Fonte: http://www.perou.org/album/photos/view.php?lg=es&id=2829


Também chegaram à Colônia de Santa Rosa de Oxapampa, como era conhecida em seus primeiros tempos de existência, imigrantes alemães do território que hoje está a Áustria. Estes trouxeram novidades quanto a técnica de cultivo, cruzamento genético de plantas e animais, tal como acontecia, a partir do Kulturverein, na Colônia Blumenau. Com a chegada dos imigrantes, até então inexistente, iniciou a extração madeireira, também como aconteceu na história de Blumenau. Em Oxapampa a empresa madeireira que se destacou foi a MDE Müller SA, proprietária de uma Serraria, plantações de café e outras atividades. 
No ano de 1899, foi desenhado o primeiro mapa oficial da cidade.
 Plano Urbano do distrito foi assinado pelo Engenheiro Juan E. Zegarra e foi aprovado no dia 13 de janeiro de 1928.

Mapa atual da cidade Oxapampa - Plano Urbano assinado pelo Engenheiro Juan E. Zegarra - diferentemente das cidades fundadas a partir das colônias de imigrantes alemães no sul do Brasil, que usavam a estrutura da bacia hidrográfica local para estruturar as suas cidades. Usavam os caminhos dos rios para a acessibilidade e irrigação das propriedades coloniais. A partir desta opção surgia um desenho de malha urbana orgânico e acordado com a geografia do sítio em questão. Em Oxapampa observamos um desenho em malha, característica dos desenhos das cidades coloniais espanholas - a partir de um eixo central e quadras, cujo centro recebe os principais edifícios religiosos e públicos. Este desenho foi muito adotado e é herança dos acampamentos militares romanos e depois das cidades romanas construídas em várias partes da Europa, que repetiam o desenho da cidade grega. O projeto se desenvolvia a partir de dois eixos perpendiculares (em ângulo de 90°), sob forma de uma quadrícula semelhante a um tabuleiro de xadrez, o chamado "traçado xadrez". Durante o período medieval não teve mais uso nas cidades intramuros, sendo adotados novamente depois, no renascimentos e em outros períodos, em grande intervenções urbanas como a assinada por Haussman, em Paris. Desconstruindo as cidades medievais, com o argumento de insalubridade e acessibilidade, mas como na América, o principal objetivo era a segurança e controle dos espaços público "abertos" e "arejados".
Este conceito - "traçado xadrez" - tinha fundo na política colonial espanhola, que previa a extensão da cultura e das facilidades da matriz as suas colônias.
Alemães e austríacos que chegaram em Oxapampa, trouxeram consigo melhorias nas técnicas de cultivo, cruzamento genético de plantas e animais, aumentaram áreas de cultivo e iniciou a indústria madeireira. 
Imagem de uma das primeiras família que chegaram no Vale de Oxapampa.
Foto Acervo: Alberto Schläfli - Cerro de Pasco - Oxapampa.
Crianças de Oxapampa, filhos de  imigrantes junto com a Professora
Início do século XX.
Foto Acervo: Alberto Schläfli - Cerro de Pasco - Oxapampa.
Curiosamente,  como na Colônia Blumenau, em 1906 surgiu a ideia de construir uma ferrovia ligando Tambo del Sol até Pucallpa, depois margeando o rio Pachitea. Durante o governo do Leguia (1919-1930), foi resgatado novamente o assunto ferroviário Tambo Sil-Pucallpa e foi executado a construção de alguns quilômetros de ambos os lados. A ferrovia foi paralisada em 1932,  bem antes da data que foi paralisada a ferrovia que passava por Blumenau. Os motivos devem ter sido os mesmo. A EFSC, do Vale do Itajaí, foi paralisada em 1971.
Locomotiva projetada rodar na ferrovia Tambo del Sol (um paradeiro frias do FC La Oroya-Cerro de Pasco) a Pucallpa. A locomotiva é do tipo EUA Porter 0-6-0 chamar Ucayali 1,924 0,914 m calibre. Aparentemente foi a única usada na ferrovia.




























Fonte: trenesdelperu.blogspot.com
Também neste período foi aberto o caminho, através das montanhas, próximo a Oxapampa. Em 1928 é descoberto um caminho que fazia a ligação de Chontabamba - Vale do St. Gotthard Passe com os campos de Junín.
Vale do St. Gotthard.   Passe.www.ualberta.ca.
No dia 25 de janeiro de 1925, a colônia alemã Santa Rosa de Oxapampa é elevado a categoria de Distrito de Oxapampa e seu primeiro prefeito foi  Alexander Johnson. Em 1929 foi fundada a primeira escola estadual na cidade sob a denominação School for Boys N° 5091 - atual escola Reverendo Padre Bardo Bayerle.
A igreja atual, foi construída no ano de 1940, totalmente de madeira, respeitando as tipologias das igrejas do sul Alemanha e da Áustria, até mesmo com a presença da cúpula e forma de cebola.
No dia 27 de novembro de 1944 foi criado a Província de Oxapampa, Pasco, Daniel Carrión. A Província de Oxapampa possui os seguintes distritos: Oxapampa - sua capital, Chontabamba, Huancabama Pezuzo, Palcazu, Puerto Bermudez e Villa Rica
Também em 1944, foi inaugurado a estrada Chanchamayo - Oxapampa.
Em abril de 1972, Pozuzo, primeiro núcleo dos imigrantes alemães, é integrado a Província de Oxapampa

Os primeiros imigrantes alemães que fundaram Santa Rosa de Oxapampa
  • Böttger, Treu Enrique; 
  • Böttger, Treu Paul;
  • Cardenas, Gaspar;
  • Gustavson, Augusto;
  • Hassinger, Jorge;
  • Heidinger, José;
  • Koel, Angel;
  • Lercher, Luis;
  • Loechle, Jorge;
  • Müller Yunk, Humberto;
  • Müller Yunk, Gualterico;
  • Müller Yunk, Conrado;
  • Randolf Müller, Peter;
  • Müller, Jose;
  • Ruffner, Francisco;
  • Schaus, Thomas;
  • Schläfli, Rodolfo;
  • Schimfesel, Ehrnreich;
  • Schrader, Eliseo;
  • Schrader, Elias;
  • Verde, Miguel;
  • Verde, Leonardo;
  • Vogt, José;
  • Von Mullembruck;
  • Waller, Ernesto Juan;
  • Zabanick, Torment.
Oxapampa - sediou o XV CAAL - Encontro das Comunidades de Língua Alemã na América Latina  em 2017, foi politicamente criada no dia 03 de maio de 1955, através da Lei 12.301, e tem como capital político - a cidade de Oxapampa, que está localizado na margem direita do rio Chontambamba





























Área
A superfície do Distrito Oxapampa é 982.04 km2 (3,52 habitantes / km2) e a bacia de Oxapampa tem uma área de aproximadamente 2.508,78 km2

Altitude 
Oxapampa, tem a altitude que varia entre 1000 e 1814 m. Possui o clima semiúmido - quente, temperatura que varia entre  18 ° C e  25 ° C.  Precipitação média: 800 mm.

População
8.554 habitantes  (2005).

Limites:
Norte: Palcazu - Sul: Chanchamayo - Leste: Distrito de Villa Rica - Oeste: Chontabamba.
As imagens de Oxapampa retiradas do Google Earth

Igreja construída em 1940, toda feita com madeira colocadas horizontalmente.





























Cinquenta anos após a fundação de Oxapampa, Enrique Böttger - seu fundador escreve a história da fundação de Oxapampa. O que se segue é um trecho em espanhol, do texto original de Böttner.
Böttner.
"El 10 de Marzo de 1875 ingresé con mis padres y mis hermanos de Lima a ésta, en ese tiempo poco conocido, pero floreciente valle de Huancabamba a establecernos en el bosquejoso lugar Ranchería y Yanachaga, terrenos adquiridos por compra, a inmediatos impenetrables bosques desde San Daniel hacia hoy «Oxapampa», dominadas tierras por la tribu de los infieles «Amuechas», que no permitían entrada a su territorio desde el año 1740, que fueron invadidas y quemadas ambas «Misiones», la del Cerro de la Sal y la de Huancabamba, por los infieles, por las torturas que sufrían en aquella época de la Inquisición, según relatos que nos hacían los más ancianos Caciques; epoca en que no dejaban pasar a ningun civilizado de chamchamayo a sus regiones, librando luchas continuas contra la fortaleza de San Ramón hasta el año 1879, que unos infieles ya amigos de nosotros los cuales entraron en amistad con algunos chacareros en Chanchamayo; permitiendoseles desde ese momento la etrada a sus regiones. 
En el año de 1876 por casualidad pude entrar y chocar con un puesto montero llamado «Puriz» por los infieles en las aguas sulfurosas en «San Daniel», que les servía para cazar los animales del monte que tomaban esas aguas; lugar donde puse al día siguiente especias como regalo para ellos, estos despues de unos dias pudieron recogerlos respondiendo con bandas de pajaros de lindos plumajes dos pequeños porongos de miel de aveja junto a paquetes de mani envueltos en hojas de palma, que dejaron en la choza. 
Este trueque, sin poderlos ver ni encontrarlos se alargaba hasta Marzo de 1877. Juzgando yo por este intercambio, que ellos deseaban entrar en relaciones amistosas, me animé con mi hermano Pablo, señor Ernesto Mühlenbruck, Don Tomas Seehaus, Don Francisco Ruffner de penetrar hasta sus paraderos, uniéndose al pasar por la hacienda «Carolina» Don Eliseo Schrader y seguimos nuestra marcha.Qué hacer en este momento una descripción adecuada de nuestra expedición para conquistar los infieles sería muy extenso, así que sólo voy a decir que concreto y se fue de casa a casa de ellos, viven separados, sorprendió y asustó a algunos otros por nuestra inesperada visitan, con buen sentido, respondiendo a sus encuentros con amabilidad sin dureza, con ocasional amistad nos regalo al centro hoy ' Oxapampa», regresando a los cuatro días de nuestro deseado y obtenido éxito, acompañado por un hijito que nos confió el Cacique «Illupiu» regresamos a nuestras familias que nos esperaban ya con inquietud; sosteniendo en seguida la amistad obtenida con ellos con obsequios y buen trato cuando venían a visitarnos, y esto siempre con otros infieles que no conocíamos del interior de la región, hasta el año 1881, que vino el Padre Fray Bernandino Gonzales a visitar también a «Oxapampa», con el deseo de establecer una Misión en esta región viniendo para este fin, en el año 1883/84 el Padre Hermosa a querer formar la Misión en el lugar «Quillazú», pero tenía que huir viniendo sofocado y asustado donde nosotros a «Ranchería» diciéndonos de ser perseguido por los infieles, que después de un corto descanso prosiguió a la hacienda «Naranjal», cuando a corto tiempo vino un grupo de infieles en su persecución, a los que hicimos un alto, que después de invitarles algo los hicimos regresar. 
Al fin, en el año 1885 por consejos y nuestra influencia sobre los infieles, se pudo construir la primera casa para la formación de la Misión en «Quillazú», que ocupaba, no recuerdo si fue el Padre Venturo o Pallar. 
Sabedor yo por los infieles, que ellos hacían el viaje a Chanchamayo en sólo dos y medio días por el monte, me animé de hacer la primera trocha de Oxapampa para comunicarme con dicho Valle, que antes se empleaban en un rodeo por Junín de 8 a 10 días, poniéndome en seguida en relación con las autoridades del Departamento para efectuar la del camino de Huancabamba a Chanchamayo, lo que me fue ofrecido pero en nada cumplido, que me motivó a hacer un convenio con los hacendados de Huancabamba de franquearme sus operarios, con los nuestros hice pasar el camino hasta más abajo de «Tuntilgú» hoy «Sogormo»; continuándolo con grupos de infieles que me ofrecían su ayuda, hasta más abajo del río llamado Sta. Cruz, al encuentro, con la sección que el Padre Gabriel Salá, Posteriormente se comprometió conmigo , hacerlo desde San Luis de Shuaro , que estaba recién formando a esa misión , hasta Sogormo a mi acabada reunión y el camino hacia la « Chanchamayo » , sujetándolo por ambos lados , y la amistad con los infieles , el año 1889, cuando eso vino sobre cuántos de los colonos de Pozuzo llevando sobre sus espaldas en un mal roadcoca , arroz y tabaco , en lugar de sus necesidades en el Pozuzo , quejándose amargamente del abandono de la colonia , y su lamentable existencia , mediante el bloqueo de que eran . Para lo que les dije , si quieres ir a « Oxapampa » y los motivos ; Si como yo proporciono ellos es ! Lo fui a ver , en la vuelta, que me dice que le gusta mucho este lugar que han visto, y que si podía conseguir que la tierra , vendría a trabajar con ellos , a lo que ellos respondieron : así que asegúrese de hablar con los otros colonos , si alguno de entre ellos que se atreven a instalarse en Oxapampa , debido 3-4 familias serían inútiles a su estabilidad dentro de los extensos bosques . A lo que me enviaron una lista de doce colonos , y luego otros 32 colonos listos muevo poco después consiguió la tierra 
Con la primera lista viajé a la prefectura de Cerro de Pasco y solicité los permisos correspondientes, los cuales me fueron otorgados. Después marqué un terreno para cada colono. Más tarde recibí un lista más con 145 nombres. Todos estaban dispuestos a mudarse a Oxapampa para establecerse ahí. El resto de la colonia iría también, tan pronto como estaban disponibles los terrenos. Con un poder emitido por ellos solicité del gobierno en Lima permitir el traslado de la colonia de Pozuzo hacia Oxapampa por su mejor ubicación y mejor clima. la contestaciòn a esta solicitud fue positiva. 
Cuando se enteraron en Huánuco protestaban ellos enérgica mente porque Pozuzo pertenece a Huánuco y no a la provincia de Pasco. Al mismo tiempo amenazaron a los colonos de regresarlos si fuera necesario otra vez de Oxapampa a Pozuzo. Finalmente no se permitía la mudanza de la completa colonia. 
Por su buena posición natural y su excelente clima en medio de extensivas tierras en su continua región para un futuro seguro podía hoy día haber sido «Ciudad Central» entre la sierra y la montaña real, por la corriente de inmigración que le habría seguido indudablemente de Alemania y de otros países; resultó, que a corto tiempo después se declaró la Malaria maligna en el Pozuzo, que la mayor parte de los colonos fueron víctimas lastimosamente, sin los debidos auxilios y medicamentos. 
Según datos que poseemos, la mayor parte de las colonias alemanas establecidas en este continente Sudamericano son florecientes, y otros en buenas posiciones, dando millones en dinero cada cual con sus productos anuales en beneficio de esos países, menos la colonia «Tovar» en Venezuela, la colonia del Pozuzo, y la de Oxapampa en el Perú, por los exesivos impuestos a sus productos. 
Pudiéramos producir diez veces más, si contáramos con un camino moderno para exportar los productos a pueblos consumidores y plazas comerciales. 
Muchas veces me he presentado a uno y otro gobierno para el desenterramiento de la colonia y sus unidas regiones valiosas;pero siempre fue debatido como un proyecto con resultados negativos. 
Hoy día, día del medio siglo de existencia de esta colonia, pasados con deseos – y palabras sin cumplimiento; tiempo lleno de amarguras, entorpecimientos y paralizaciones en bloqueada colonia. 
Hoy día, en estos momentos de su existencia en que hacemos los primeros pagos de entrada para completar el Siglo para su futura historia, en esperanza de su desarrollo. Gran territorio, con riquezas que abundan paso a paso, desgraciadamente en vía de destrucciones y consumo de la naturaleza, miradas con indiferencia! Aglomeradas pisadas riquezas sin aprovechamiento. 
Ciencia es la fuerza y grandeza de las naciones, por consiguiente miradas y destinadas de instituirlas también en el Perú!. 
Un lugar en el que reine la paz , inclusive de esta colonia, con una debida protección del Supremo Gobierno en este siglo de progresos y reformas. 
Que desde la época del coloniaje, ha degradado el país, completamente en comparación al tiempo del Imperio de Atahualpa! Que contaba a lo menos con seis veces más de habitantes, con sus pueblos bien organizados. 
Que aparte de lo referido, en el inter yacente tiempo, tanto por la inserción de los Peruanos, cuanto por los yugoslavos y más alemanes, principalmente por los Sres. Müllers y ambas Misiones, esta colonia con mucho esfuerzo y sacificio pudo lograr el desarrollo que hoy ostenta." 
Enrique Böttger  - Oxapampa, agosto 30 de 1941.
Vídeos
Pozuzo
Interessante - imagens históricas.

Oxapampa


A história, o local, as pessoas, a geografia e a presença de Wilfredo e de Pedro no XXIII CAAL - Encontro das Comunidades Língua Alemã da América Latina,2015.

XX CAAL - 2025







Registro para a História.

Eu sou Angelina Wittmann, Arquiteta e Mestre em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade.
Contatos:
@angewittmann (Instagram)
Angewitt  (You Tube 
AngelinaWittmann  (Facebook)